

A fertilização in vitro é o tratamento de alta complexidade dentro da reprodução assistida. É o tratamento disponível hoje que alcança as maiores taxas de sucesso, aproximadamente 45%. Porém, vale lembrar que esse resultado depende de fatores como idade, causa de infertilidade, reserva ovariana, entre outros.
Ele envolve 2 grandes etapas: estimulação ovariana e transferência embrionária.
Na primeira etapa, o objetivo é fazer com que a maior quantidade possível de folículos existentes nos ovários cresça e atinjam um tamanho com a maior chance de terem óvulos dentro.
Essa estimulação é feita com uso de medicações injetáveis e acompanhamento ultrassonográfico do crescimento e dura, em média, 10-14 dias.
Após a obtenção dos óvulos, é realizada a fertilização, ou seja, a junção do óvulo com o espermatozoide para a formação do embrião. Aqui, diferente dos tratamentos de baixa complexidade, essa junção acontece no laboratório de reprodução humana.
Após a formação do embrião, partimos para a etapa de transferência embrionária. É realizado um preparo do útero (este pode ser feito com medicações ou em um ciclo natural) e, após o preparo, o embrião é transferido ao útero.
Muita gente acredita que o processo de estimulação ovariana engorda, mas isso não é verdade! O que acontece é que há um aumento da retenção de líquidos, e a intensidade com que isso ocorre varia de mulher para mulher. Porém, essa retenção é transitória! Assim, você pode até observar um inchaço maior neste período ou perceber alguma diferença em números na balança, mas lembre-se que isso não quer dizer que você engordou!
Diferente do que muitos acreditam, você não precisa tirar férias ou se afastar do trabalho para realizar a FIV. O processo de estimulação ovariana demanda um acompanhamento ultrassonográfico e o uso de medicações por um determinado período de tempo, mas você não precisa parar suas atividades para isso. Recomenda-se apenas evitar atividades físicas intensas.
A FIV pode ser realizada com óvulos doados e/ou espermatozóides de um banco de sêmen. Isso pode ser feito dependendo do fator de infertilidade ou em casos de produção independente.