Os tratamentos de reprodução assistida com doação de gametas têm sido cada vez mais comuns e vem com muitas dúvidas associadas.
As principais indicações do uso de gametas doados são:
Antes de tudo, acredito que é um processo muito individual! Em alguns casos, a doação vem como uma forma de conseguir ter um filho, em outros, pode assumir um caráter de frustração de “não consigo com os meus”. Decidir pelo uso de um gameta doado nem sempre é fácil, vem com diversas questões associadas e é importante saber respeitar esse processo.
Meu objetivo não é mudar as crenças de ninguém, mas mostrar um outro ponto de vista para um tratamento tão bonito que é a reprodução humana com doação de gametas.
O material genético é um dos muitos pontos envolvidos em uma gestação. Depois de formado o embrião, temos pela frente 9 meses de gestação, de passar por todas as mudanças da gravidez, de criar uma conexão com a pessoinha crescendo dentro do útero. Até que passamos para o momento esperado do parto e aí, outra jornada se inicia: amamentar, criar, educar, cuidar, amar… quanta coisa faz parte dessa trajetória, quantas outras coisas influenciam quem está se formando, quanto de você tem nesse processo!
E para possíveis doadoras(es), imagine fazer parte (mesmo que anonimamente) desse sonho tão lindo! O ato de doar (óvulos, espermatozoide, tempo, amor, bens) é um dos maiores gestos de amor ao próximo.
Além disso, com a doação compartilhada (óvulos e custos são divididos entre doadora e receptora), mulheres que precisem realizar um tratamento (para engravidar ou para congelar óvulos, por exemplo) e que não têm condições de arcar com o custo também podem se ajudar mutuamente.
É possível realizar uma busca de acordo com determinadas características biológicas do doador(a), como cor de pele, cor de olho, cor de cabelo, entre outras. Até pouco tempo, a doação era obrigatoriamente anônima. Após a nova resolução do Conselho Federal de Medicina, parentes de até 4º grau podem também ser doadores.
No Brasil, a. doação não pode ter fins lucrativos. É permitido, porém, a doação compartilhada, em que doadora e receptora dividem tanto os óvulos quanto os custos do tratamento.
Não! Doadores têm a mesma chance de engravidar independente de terem ou não feito processos para doação.